sábado, 26 de maio de 2007

FONTES NATURAIS E DE ÀGUAS LIMPIDAS

FONTE DE CIMA
FONTE DE BAIXO



Estas duas fontes emblemáticas fornecem a todos os que o desejam uma àgua natural de excelente qualidade e muito fresca, em particular a "FONTE DE CIMA".
A data da sua construção é uma incógnita pois não existem elementos que permita datar tais obras.

domingo, 20 de maio de 2007

CAPELA DE SANTO ANTÓNIO








A Capela de Santo António é um dos locais mais visitados e de maior relevo da aldeia de Vila Chã da Beira. Encontram-se aqui depositados os restos mortais do Padre Julião Butron que é venerado por muitos como santo e que recebe durante o ano milhares de peregrinos que aqui acorrem para o venerar.
Podem visitá-la no centro da aldeia de Vila Chã da Beira.

terça-feira, 15 de maio de 2007

BRASÃO DA FREGUESIA DE VILA CHÃ DA BEIRA


LOCALIZAÇÃO DA ALDEIA NO CONCELHO DE TAROUCA


BREVE HISTÓRIA

Vila Chã da Beira, uma das dez freguesias do Município de Tarouca, não sendo a de menor dimensão em área é, porém a que menos habitantes possui.
Situada no extremo nascente do território municipal, confrontando com os municípios de Moimenta da Beira e de Armamar tem uma orografia um pouco acidentada, se bem que a localização do aglomerado populacional se verifique em local bastante amplo e de significativa “chã”. Talvez advenha daí a referência toponímica que se mantém, ao longo dos tempos, na sua designação, de parceria com a outra — Vila — que não se referirá aqui a uma hipotética hierarquia, mas sim à génese da sua fundação — villa.
A antiguidade da ocupação humana é demonstrada, de entre outros vestígios, pelas sepulturas cavadas na rocha, nos lugares de Cabo e Laje, já muito adulteradas a indiciar verdadeiras necrópoles. A história de Vila Chã da Beira é a de Argeriz, ligada ao estabelecimento dos Cistercienses em S. Salvador de Argeriz, hoje Salzedas. Está intimamente ligada a Egas Moniz, o Aio, seu senhor que, sepultado seu filho Mendo Viegas em Paço de Sousa, doou a este mosteiro a quarta parte de Vila Chã de Argeriz, que viria a ser integrada em Salzedas, posteriormente, por troca efectuada pelo Abade João Nunes.
Viterbo relata que a posse de Egas Moniz seria senhorial, o que não excluía outros possuidores na área da freguesia. Um deles, bem famoso no tempo, João Froilaz, foi o arquitecto de S. João de Tarouca. Mas englobava ainda posse eclesial, nomeadamente a da Igreja de S. Mamede, no lugar do Castelo. De salientar que esta invocação, como a da sua vizinha S. Pedro é pré-nacional o que reforça a antiguidade da povoação. Em 1295, Vila Chã de Argeriz é aforada, pelo Mosteiro de Salzedas, que de entre outras disposições, estipulava o pagamento de várias pensões. Da sua leitura, conclui-se que não foi o primeiro. Vila Chã de Argeriz continuou sempre associada ao Mosteiro de Salzedas, até à sua extinção em 1834.
A sua erecção em paróquia foi tardia, sendo orago o Mártir S. Sebastião, o grande santo protector da peste. A igreja paroquial, cuja última grande remodelação data de 1750, deverá ser a ampliação da primitiva no local. Com altares de talha dourada é riquíssimo o tecto apainelado, em caixotões de madeira de castanho, com mais de cem pinturas de santos.
Posteriormente, viu substituída a designação “de Argeriz”, para “de Cangueiros” que ainda hoje intriga pela dificuldade toponímica que se revela em descobrir o porquê. Vários sábios tentaram uma resposta, sem êxito, inclinando-se uns para a pacatez e educação do povo, (Abade Vasco Moreira), outros para a existência de uma indústria de cangas de bois (Prof. Leite de Vasconcelos). Fenómeno complexo, que se poderia atribuir à fixação de minhotos no local (dados a jungir os bois, ao carro, com canga...), facto que na tradição popular não tem suporte... A freguesia, recentemente (1961), viu, por solicitação dos seus habitantes, substituído o nome por “da Beira”, que se mantém.
No aspecto administrativo, pertenceu, ao longo dos tempos, ao concelho de Ucanha e, por extinção deste, ao de Mondim. Faz 100 anos que, este foi também extinto. Passou temporariamente ao de Armamar e faz parte integrante de Tarouca, desde a sua restauração em 1898. Vila Chã da Beira é uma freguesia airosa, moderna, onde subsiste o núcleo antigo em redor da Capela de Sto. António.
Vivem, os seus moradores, da agro-pecuária e comércio. Actividade florescente é a construção civil.
Nasce aqui o rio Galhosa ou Torno, afluente do Varosa, que irriga as terras do antigo couto. A floresta teve uma mancha imponente, (que suportou uma grande indústria de extracção de resinas), devorada, recentemente, pelos incêndios de Verão. Subsistem, a par dos pomares, belos soutos, com exemplares soberbos de castanheiros. Tem uma amplitude de horizontes extraordinária, quer para poente até Santa Helena; sul, pelas terras do maciço da Nave e norte até ao Marão e Alvão. Miradouro extasiante é o que se desfruta do alto do Monte da Costa, junto à Capela da Senhora do Calvário, que remata uma “Via-sacra” em granito.
Natural desta freguesia é Frei Estêvão de Vila Chã, (século XII) que deixou escrito sobre os primórdios da história da região de Lamego, em especial aludindo à vida de D. Egas Moniz. Igualmente, o Dr. José Rodrigues Morais, cirurgião de nomeada que, por alvará outorgado por D. João VI, em Janeiro de 1825, foi autorizado a exercer, em todo o reino. Aqui (Capela de Santo António), repousam os restos mortais do Pe. Julião Butron, missionário de nacionalidade espanhola (País Basco). Morreu, em 1901, quando percorria as terras do Douro em missão. Sepultado durante 21 anos, foi descoberto incorrupto, sendo a partir dessa data venerado, por multidões que aqui acorrem, como “santo”. O Santinho de Vila Chã, para alegria da terra que o acolheu e honra, viu recentemente, por vontade de S. Exa. Reverendíssima o Bispo de Lamego, D. Américo do Couto Oliveira, aberto o seu processo de canonização.
Para além da visita obrigatória à Capela de Santo António, com um magnífico altar de talha dourada, e túmulo do Pe. Julião, deve ver: capela de Nossa Senhora do Calvário (ladeada de “fossetes”; Capelas de S. Mamede e S. Pedro; Igreja Paroquial e túmulos cavados na rocha.
Beba na Fonte de Cima, água pura, da maior leveza, da qual se afirma que, quem a bebe, não deixa de voltar!
Fonte: Camara Municipal de Tarouca

OUTROS ASPECTOS RELEVANTES

População - 405
Actividades económicas - Agricultura e construção civil
Festas e Romarias - Nossa Senhora das Graças (último domingo de Agosto)
Património - Igreja matriz, capelas de Santo António, de S. Pedro, de S. Mamede e de N. Sra. do Calvário
Outros Locais - Miradouro da Senhora do Calvário, Capela de Santo António e monte de S. Pedro
Orago - Mártir S. Sebastião